data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Divulgação
Esse tipo de novidade dá orgulho do trabalho feito por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O professor Maurício Veloso Brun, do curso de Medicina Veterinária da UFSM, criou uma nova tecnologia para permitir videocirurgias sem uso de gás, em conjunto com Francisco Miguel Sánchez Margallo e Juan Alberto Sánchez Margallo, ambos do Centro de Cirurgia de Mínima Invasión Jesús Usón (CCMIJU), da Espanha. A novidade já está sendo usada lá na Espanha e, agora, foi assinado um contrato de licenciamento dessa nova tecnologia com a empresa Bhio Supply, de Esteio, que atua na área da saúde e vai comercializar o sistema.
Em média, 2 motoristas são autuados por dirigir sob efeito de álcool por dia em Santa Maria
O que Brun criou, em parceria com os espanhóis, foi uma plataforma de tração multidirecional para a realização de videocirurgia gasless (sem gás). Esse novo equipamento utiliza um mecanismo para criar um espaço de trabalho dentro do corpo (ilustrado na imagem acima), para que os médicos veterinários possam fazer as videocirurgias. Assim, não se usaria mais gás para inflar o corpo, técnica que é comum hoje em dia nesse tipo de operação. Com essa nova tecnologia, reduz para os pacientes o risco resultante da distensão de gás em determinadas situações.
Ainda segundo a assessoria de imprensa da Agittec, para que essa transferência tecnológica ocorra, primeiramente é realizado o processo de proteção, feito pela Coordenadoria de Propriedade Intelectual da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec). O processo é formalizado com a assinatura de um contrato de licenciamento de tecnologia, um documento jurídico que permite o uso nas empresas das tecnologias desenvolvidas pela UFSM, efetivado pela Coordenadoria de Transferência de Tecnologia da Agittec.
VÍDEO + FOTOS: escultor cria réplicas de dinossauros em Mata
O protótipo já testado na UFSM e no CCMIJU permite a realização da herniorrafia diafragmática, um procedimento cirúrgico que consiste no fechamento de hérnia em cães sem que ocorra a insuflação da cavidade.
Segundo o professor Brun, que desenvolveu a pesquisa durante o seu pós-doutorado no CCMIJU, a tecnologia também poderá ser utilizada em outros procedimentos videocirúrgicos, com a vantagem de evitar danos nos pacientes relacionados à insuflação da cavidade com dióxido de carbono.
- Inicialmente, a tecnologia foi projetada para ser usada em pequenos animais (cães e gatos), mas com o potencial de aplicação em outras espécies, incluindo humanos - explica.
O engenheiro e proprietário da Bhio Supply, Paulo Ferreira, destacou que "com a tecnologia a empresa estará criando um novo portfólio de produtos para atender o crescente mercado de cirurgia videolaparoscópica em animais".
Sobre a parceria entre UFSM e empresa, Ferreira ressalta que "é fundamental para o sucesso do projeto, pois estaremos aliando a experiência fabril com a experiência acadêmica para criar algo realmente útil para os médicos veterinários."